Desconheço os objetivos de audiência dos responsáveis da Observador mas imagino que os tenham. Nesse contexto não será muito disparatado pensar que obter 1% será a primeira meta.
Em quanto tempo?
Estimo que possam demorar dois anos a atingir esse objetivo (mantendo os emissores atuais).
Se o conseguirem antes será uma prova de sucesso.
Se demorar muito mais talvez tenham de repensar o projeto.
(admito que 1% ainda não viabilizará financeiramente o investimento, mas abre boas portas)
A questão é outra: de onde virá esse 1%?
Honestamente não acredito na captação de novos públicos (gente que não ouve rádio e que passa a ouvir) e também não me parece lógico esses ouvintes virem de rádios musicais.
Mais viável será pensar que poderão roubar 0,5% à TSF, 0,25% à Antena 1 e 0,25% à Renascença (é um exercício especulativo, como se percebe).
É por estas e por outras que a TSF é a que mais atenta deve estar ao que a Observador está a fazer
Pela primeira vez existe um projeto radiofónico claramente alternativo à TSF, o Observador. Neste blogue vou juntando ideias sobre as duas rádios. PS - fui jornalista da TSF durante 25 anos.
Wednesday, October 16, 2019
Thursday, October 10, 2019
Uma (parte da) manhã a ouvir a Observador
- falta informação desportiva (embora a informação desportiva nas rádios portuguesas seja muito fraca, baseada em pessoas que têm opiniões...; é, sem dúvida, possível fazer melhor, sem andar atrás de treinos e declarações vazias);
- apenas ouvi dois anúncios (Santander e Ponto Verde/reciclagem), o que permite ter uma antena arejada e incluir algumas músicas;
- não há rubricas patrocinadas, nomeadamente daquelas que são abundantes na TSF e com pouco ou nenhum interesse;
- em 2019 não faz qualquer sentido ter rubricas via telefone (ainda por cima com som do 'velho' telefone), muito mais agora que a rádio tem condições para ser ouvida no carro;
- os diálogos parecem estar mais afinados, o que é normal, embora fique várias vezes a sensação de artificialidade;
- as principais notícias são repetidas vezes sem conta, entre as horas, meias horas e quartos de hora (apenas se justifica quando são notícias que têm um grande impacto).
Em resumo, apesar das imperfeições detetadas, a Observador é uma rádio que aposta numa antena 'limpinha' e fácil (muitas rubricas de fait divers, ligeiras, divertidas) de ouvir.
Informação easy listening?
- apenas ouvi dois anúncios (Santander e Ponto Verde/reciclagem), o que permite ter uma antena arejada e incluir algumas músicas;
- não há rubricas patrocinadas, nomeadamente daquelas que são abundantes na TSF e com pouco ou nenhum interesse;
- em 2019 não faz qualquer sentido ter rubricas via telefone (ainda por cima com som do 'velho' telefone), muito mais agora que a rádio tem condições para ser ouvida no carro;
- os diálogos parecem estar mais afinados, o que é normal, embora fique várias vezes a sensação de artificialidade;
- as principais notícias são repetidas vezes sem conta, entre as horas, meias horas e quartos de hora (apenas se justifica quando são notícias que têm um grande impacto).
Em resumo, apesar das imperfeições detetadas, a Observador é uma rádio que aposta numa antena 'limpinha' e fácil (muitas rubricas de fait divers, ligeiras, divertidas) de ouvir.
Informação easy listening?
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