Monday, July 15, 2019

Domingo, 14 de julho, à tarde

Final do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, final de Wimbledon e, uma hora mais tarde, primeiro jogo da seleção sub19 no Europeu de futebol.
Antena 1 com emissão especial.
TSF e Observador com emissão normal.

Duas notas:
- É por estas e por outras que Observador e TSF não ganham ouvintes à Antena 1;
- estamos em período de férias, mas uma tarde como esta (ainda por cima com milhares nos carros, a passear ou vindos da praia) acontece raramente. Tinha sido uma boa ocasião para a Observador se mostrar - sobretudo tendo em conta que, dias antes, fez um especial sobre o jogo João Sousa-Nadal, no mesmo torneio de ténis.

Friday, July 12, 2019

Ganhar ouvintes a quem?

Não acredito que a Observador vá ganhar ouvintes a não ouvintes. Dificilmente, parece-me, a nova rádio conseguirá apanhar quem não houve rádio (ou deixou de ouvir) ou só houve rádios de música.
Restam aqueles que ouvem a TSF, a Antena 1 e a Renascença - o que significa pouco mais de 10%.
Apesar de apresentar um 'produto' que concorre diretamente com a TSF, há pontos de contacto com a Antena 1 e a RR.
Destas três, a TSF parece-me a mais frágil, muito por culpa dos compromissos comerciais transformados em rubricas patrocinadas, de interesse duvidoso para a generalidade dos ouvintes e que passam, muitas vezes, em horário nobre.
A Renascença está em processo de transformação e é uma incógnita, mas quer-me parecer que os seus ouvintes serão um pouco mais velhos do que aqueles que a Observador procura.
Quanto à Antena 1, tem (muito) mais meios e uma programação muito forte. Dificilmente a Anten1 perderá ouvintes.
Outro critério: a rede de emissores.
A Observador parte quase do zero e, dessas três, a única que não é nacional é a TSF (falha a zona sul).
Conseguirá a Observador ter 1% no final do primeiro ano, emitindo em Lisboa e Porto?

Wednesday, July 10, 2019

Observador sin.. energia

Uma das coisas mais surpreendentes na rádio Observador é a falta de ligação ao site do... Observador.
Acho que não estou a exagerar se disser que há mais interligação entre rádio e site na TSF do que no Observador.
Sendo o Observador um site, não se percebe.
Já ouvi muitas horas de emissão e não me lembro de ouvir na antena da rádio remeter para histórias publicadas no site ou informar que podemos encontrar mais desenvolvimento no site do Observador - considero isso uma mais valia, tanto mais que a escuta FM está muito limitada.
As sinergias fazem-se quase só pela utilização dos jornalistas do Observador nas várias rubricas da rádio, mas parece uma coisa muito hermética, sem dinâmica (como se cada jornalista fizesse a sua rubrica e considerasse que estava terminada a sua 'obrigação' para com o projeto da rádio).
Outra coisa: a rádio não remete para os seus próprios programas em arquivo no site (que são sempre uma mais valia, para quem não ouviu ou quer reouvir, sobretudo enquanto não tem podcasts).
Em resumo: dá ideia de que os dois meios procuram criar uma identidade própria, sem interligação, sendo que, ainda assim, há mais 'empenho' do site na rádio do que vice-versa.

PS - a rádio também parece não ter (ainda?) uma estratégia para as redes sociais.




Friday, July 5, 2019

O papel dos animadores na Observador

Pela escuta da primeira semana de emissões percebe-se que a Observador atribui aos seus animadores uma importãncia diferente da que outras rádios (não musicais) fazem.
Os animadores leem uma notícia (cultura, fait divers, ciência) no início dos noticiários e 'conversam' com os jornalistas durante os noticiários.
A ideia é boa (em Portugal é caso único) mas tem riscos.
No fundo, estes animadores estão a ler perguntas que os jornalistas escreveram para esse objetivo. O resultado até agora é duvidoso, porque muitas vezes parece artificial - o animador faz uma pergunta ao editor do noticiário e ele tem a resposta na ponta da língua?? Talvez seja uma situação a melhorar.
Entre noticiários o papel dos animadores ainda não é muito claro. Se o que está em antena entre as 13h e as 17h tem uma presença ativa, nem que seja apresentando as músicas (embora sejam dispensáveis frases como 'estou na sua rádio' ou 'espero que esteja tudo bem consigo'), a que o entecede fica desaparecida durante demasiado tempo.
Parece haver uma ideia de não poluir a antena com lugares-comuns.
Voltarei ao assunto.
João Miguel Santos - uma boa presença.

Thursday, July 4, 2019

O que a Observador não tem

Analisando a primeira semana de emissões, é possível perceber que a Observador fez as suas opções, recusando alguns produtos/conteúdos clássicos na programação radiofónica;
- o trânsito é o mais evidente (e discutível). Acredito que quem está no carro ainda precisa dessa informação. O que a Observador está a dizer é que não valoriza a escuta no carro?
- informação de bolsa (ou especializada em economia), uma área apetecível para os anunciantes;
- fóruns de ouvintes (acredito que a opção teve a ver diretamente com o facto de, neste capítulo, se distanciarem da TSF e da Antena 1);
- raros spots promocionais (sejam eles meros jingles de antena sejam de programas e rubricas);
- noticiários temáticos, nomeadamente de desporto (nem, deduzo, relatos de futebol);
- interligação com o site (confesso, é uma grande surpresa);

Monday, July 1, 2019

A música (muito igual à TSF)

Digamos que, pelas primeiras escutas, a programação da Observador parece desequlibrada entre texto e voz: tem algumas horas só de palavra e muitas horas quase só de música (as tardes, por exemplo, para não falar do fim de semana).
Aqui reside, penso, um dos problemas: o animador não parece ter qualquer papel a desempenhar, sucedendo-se músicas atrás de músicas, muitas vezes sem apresentação mínima, sequer; aliás por vezes parece que não está ninguém em estúdio... O futuro da rádio está no que se passa entre as músicas...
Outro problema que identifiquei nesta altura:várias músicas são cortadas à faca para entrar o sinal horário. É possível fazer muito melhor.

Quanto à escolha da playlist, parece ser muito idêntica à da TSF, o que por um lado confirma a 'colagem' e por outro não ajuda à criação de uma identidade própria.

Debates em direto da AR: uma oportunidade perdida

A Observador esteve em direto, na semana passada, do Parlamento para transmitir a apresentação do programa de governo. Até aí tudo bem, par...