Não acredito que a Observador vá ganhar ouvintes a não ouvintes. Dificilmente, parece-me, a nova rádio conseguirá apanhar quem não houve rádio (ou deixou de ouvir) ou só houve rádios de música.
Restam aqueles que ouvem a TSF, a Antena 1 e a Renascença - o que significa pouco mais de 10%.
Apesar de apresentar um 'produto' que concorre diretamente com a TSF, há pontos de contacto com a Antena 1 e a RR.
Destas três, a TSF parece-me a mais frágil, muito por culpa dos compromissos comerciais transformados em rubricas patrocinadas, de interesse duvidoso para a generalidade dos ouvintes e que passam, muitas vezes, em horário nobre.
A Renascença está em processo de transformação e é uma incógnita, mas quer-me parecer que os seus ouvintes serão um pouco mais velhos do que aqueles que a Observador procura.
Quanto à Antena 1, tem (muito) mais meios e uma programação muito forte. Dificilmente a Anten1 perderá ouvintes.
Outro critério: a rede de emissores.
A Observador parte quase do zero e, dessas três, a única que não é nacional é a TSF (falha a zona sul).
Conseguirá a Observador ter 1% no final do primeiro ano, emitindo em Lisboa e Porto?
Pela primeira vez existe um projeto radiofónico claramente alternativo à TSF, o Observador. Neste blogue vou juntando ideias sobre as duas rádios. PS - fui jornalista da TSF durante 25 anos.
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