A Observador nasceu há 3 meses, estava a TSF a preparar-se para as férias (um período sempre doloroso para esta rádio, por causa da falta de meios humanos, como se vê pelo que sucede com o Fórum).
A haver uma resposta - e aqui posicionei a Observador claramente como concorrente da TSF - ela teria de ser dada agora, com 'a grelha de setembro', ainda que - neste particular - a cobertura das eleições legislativas altere um pouco o cenário.
A TSF fez algumas alterações e imagino que, pelo menos indiretamente, visem um reforço do produto, tendo em conta a existência de concorrência no mesmo público alvo.
1) Trouxe para a manhã o modelo que existia ao almoço, com um 'líder de antena' (que faz a gestão de alguns espaços e personaliza o espaço), embora não seja muito claro, para o ouvinte, o ganho;
2) Mais importante, tenta trazer mais conteúdos informativos para um espaço que estava 'saturado' com conteúdos patrocinados.
Do meu ponto de vista, se é verdade que esses conteúdos patrocinados, muitos deles com pouco ou nulo interesse para a generalidade dos ouvintes, ajudaram a garantir a subsistência da rádio, não será menos certo que são os responsáveis pela erosão das audiências - não há muitos anos a TSF andava pelos 4% (ver gráfico).
A TSF não vai ter mais jornalistas e dificilmente conseguirá 'comprar' melhores conteúdos. A resposta terá portanto de ser interna, deixando aqui três hipóteses de caminho:
- conseguir transportar os conteúdos patrocinados para outras horas e espalhados pelo dia (em vez da concentração na manhã);
- reabilitação da mais-valia que podem ser os noticiários da meia hora (hoje reduzidos a pouco mais do que títulos);
- mais agressividade editorial e mais rapidez de reação à atualidade;
A Observador observa...
Pela primeira vez existe um projeto radiofónico claramente alternativo à TSF, o Observador. Neste blogue vou juntando ideias sobre as duas rádios. PS - fui jornalista da TSF durante 25 anos.
Monday, September 30, 2019
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